Sobre minha paixão pela fotografia e um desabafo...

Oi gente, o post de hoje não é sobre moda, look do dia ou algo legal que eu vi por aí e quis compartilhar com vocês. Hoje vim falar sobre um assunto que gosto muito e que estou começando a me dedicar mais seriamente, pra no futuro ser aquilo que eu realmente possa chamar de profissão, a fotografia.

Sempre comento por aqui o quanto adoro fotografar e desde que comprei minha Sony Nex C3K semi-profissional, aproveito todas as oportunidades que tenho para tirar fotos diferentes, seja dos meus sobrinhos, dos meus animais de estimação ou de amigos. Sempre amei fotografia, e lembro que quando criança eu amava assistir a programas como Sbt Repórter e Fantástico quando mostravam aqueles aventureiros que saiam por aí a procura de animais para filmar ou fotografar, e sempre tive o pensamento: "Quando eu crescer quero ser bióloga! Para viajar pelo mundo, fotografando animais e paisagens". Pois bem, eu cresci, me formei em Ciências Contábeis e hoje tenho um bom trabalho, mas isso não tira de mim a vontade que sempre tive de trabalhar com fotografia. Decidi comprar uma câmera nova e me dedicar para aprender cada vez mais sobre fotografia, pois ser fotografa, é sim um plano e sonho que tenho pra um futuro a médio prazo.

Mais Marcela, pra quê esse blá blá blá todo? Pra explicar um fato que aconteceu dia 15/07/2014. Uma indireta que recebi pelo Facebook que infelizmente ainda tem me deixado muito triste. A indireta aconteceu logo depois que compartilhei uma foto da minha amiga Regiane na minha página do Face. Uma foto onde ela está sentada na areia na beira do rio usando uma tiara de flores azul e uma saia de tule também azul, que vocês podem ver clicando AQUI onde postei todas as fotos que tirei dela.

A indireta foi a seguinte: "É irritante e muito triste ver uma pessoa copiando meu trabalho, da pior maneira possível aliás. Pessoas que vem aqui no meu estúdio pra ver meu trabalho pra imitar, vejo que é no mínimo sem criatividade e sem caráter. Profissional de verdade não faz esse tipo de coisa. Uma coisa é se inspirar no meu trabalho, outra muito diferente é copiar. Lamentável! #semnoção" Mari Simões Fotografia.

Pois bem, lendo esse comentário acima, sem me conhecer ou sem ter visto a minha foto, ou a foto que a pessoa diz ter sido a fonte da "cópia" o que você pensaria? Que EU, Marcela, fui até o estúdio dela, pesquisar as fotos e preços e depois fui até a cliente e ofereci meu trabalho por um preço menor, pois só isso justificaria o cliente escolher a mim, que não tenho experiência, ao invés de escolher uma fotógrafa profissional e que está no mercado a anos. Mas a história não é bem assim, e isso que me deixou triste, o fato de uma indireta mal escrita que gerou várias interpretações diferentes e mesmo depois de mais de um mês, não consegui simplesmente deixar pra lá como muitos me aconselharam, e resolvi escrever esse pequeno desabafo.

No dia que tudo aconteceu fiquei meio incrédula, tipo, essa indireta é pra mim mesmo? sério? Depois que os dias foram passando e vi a repercussão que isso se tornou, pensei bem, e resolvi ir lá no Face dela e comentar a indireta, "vestindo a carapuça" e explicando o fato como realmente aconteceu. Isso foi uma semana depois e quando procurei o perfil no face, vi que eu havia sido bloqueada. Ok! Sem problemas!

O fato é que mesmo depois de um mês ainda tem pessoas, amigos meus, que vem me falar de alguém que ainda está comentando sobre isso, e falando mal de mim por isso! Uma amiga minha por exemplo, disse: nossa Marcela, no meu ônibus de faculdade estava todo mundo falando mal de você esses dias, que você tinha copiado ela e tal, que você não tem criatividade, etc. Que isso gente! O que as pessoas sabem da minha vida e do que eu faço pra falarem mal de mim? Tenho o direito, como qualquer pessoa, de fotografar quem eu quiser, e com a roupa que a pessoa quiser.

O que aconteceu foi o seguinte: Minha colega de trabalho queira fazer suas fotos de gestante e como qualquer cliente foi ao estúdio da Mari Simões fazer um orçamento. Eu, Marcela, NUNCA fui ao estúdio dela. Então ela viu os trabalhos, fez o orçamento e falou que ligaria depois pra marcar a data das fotos. 

A ideia de eu tirar as fotos aconteceu meio que por acaso, pois a Regi como mãe de primeira viagem é claro que não ia deixar passar esse momento tão mágico sem registro. Trabalhamos juntas, mas como fico no 2º piso, só encontro o restante da galera na hora do café, e como estávamos com duas grávidas no trabalho o assunto do café era sempre o mesmo, bebês!

E num desses encontros a Regi falava que tinha feito orçamento com alguns fotógrafos da cidade e que tinha que tirar as fotos logo, pois já estava entrando no oitavo mês. Eu não gosto muito de dar palpite quando falam de fotografia, pois sou muito critica, então fico calada no meu canto, mas entre uns papos e outros ela comentou que queria muito tirar as fotos, mas que se pudesse, preferiria economizar a grana pra comprar algo pro bebê. Foi nessa que a Simara, nossa colega de trabalho, falou assim: Regi! Sei de uma pessoa que fotografa muito bem, que vai tirar fotos lindas e não vai cobrar nada de você... a Marcela! E ela olhou pra mim e disse: Você tiraria as fotos pra mim? E eu medrosa que sou, já fui logo falando que minha câmera semi-profissional não era tão boa, que o flash era horrível, que nunca tinha fotografada alguém sem ser minha prima, sobrinhos e um casal de amigos, e que as fotos poderiam ficar ruins. Mas mesmo assim ela disse que tinha certeza que ficariam lindas e que eu poderia dar o preço.

Já que ela confiou em mim, e eu claro, sempre tive vontade de fotografar uma grávida, disse que toparia, mas que não cobraria nada, pois tenho a consciência de que seria injusto eu cobrar por um trabalho que não posso oferecer a qualidade total que o cliente merece. Minha câmera é boa, mas por ser uma semi-profissional, eu sei das limitações dela, então já falei com ela que as fotos teriam que ser durante o dia, pra aproveitarmos a luz natural, que é a minha preferida e deixaria as fotos mais bonitas.

Então, no dia seguinte a Regi ligou pra Mari e disse pra ela que não iria fazer mais as fotos com ela, que eu Marcela (ela contou que seria eu a fotógrafa) iria tirar as fotos dela com minha câmera semi-profissional e que pra ela seria bom pois ela preferia economizar o dinheiro de um book profissional e comprar mais coisas para o bebê. Ou seja, a Regi não enganou ninguém, ela foi completamente verdadeira ao ligar, dispensando ela e não omitiu que outra pessoa tiraria as fotos, e até falou o real motivo, que era pra economizar. Isso que me deixou magoada. Pois todo cliente tem o direito de fazer orçamentos, ver os trabalhos dos fotógrafos e de escolher quem mais lhe agrada. Achei uma falta de respeito até com a Regiane que apenas escolheu quem queria que tirasse suas fotos e também foi julgada na internet por isso.  

Agora quero falar sobre a roupa, que foi, acredito eu, o motivo dela falar que eu estava copiando o trabalho dela. Realmente aqui em João Pinheiro ela é a única fotografa que já vi tirando fotos de gestantes com roupas de tule e tiara de flores. Mas isso não impede ninguém de usar a roupa que quiser pra fotografar alguém. Pois esse estilo hippie, meio fantasia, com flores e tule é usado por fotógrafos no mundo todo. O tule se popularizou muito desde que estilistas famosos começaram a usar o tecido nos seus famosos vestidos do Oscar e de lá pra cá, tem sido cada vez mais usado em vestidos de festas e consequentemente na moda ligada a fotografia. Já as tiaras de flores são uma releição da moda que surgiu nos anos 60 com os hippies que usaram muito esse acessório e que voltou com tudo nos últimos anos, seja pelos festivais de músicas e pelas famosas como Lana Del Ray que não tiram esse acessório da cabeça. Agora, reclamar que escolhi a cor azul de propósito pra copiar dela é ridículo, pois minha amiga além de ser cruzeirense, estava esperando um menino, a cor que mais combinaria seria o azul, além do que minha mãe (costureira) tinha apenas retalhos de tule azul e branco aqui em casa, e eu claro escolhi a cor que combinaria mais com a história da mamãe. Quem quiser pode procurar a página dela no Face e comparar com as fotos que eu tirei e ver que cada uma tem seu estilo em particular.

Tá Marcela, mas porque fazer esse texto todo? porque você não procurou ela e disse tudo isso pra ela? Simples, sou melhor escrevendo do que falando, sei que assim não deixo passar nada e como ela mesma escolheu desde o início usar a internet pra fazer "um comentário" sobre mim, resolvi dar minha versão do que aconteceu do mesmo jeito, usando meu blog, que é meu espaço pessoal e que todo mundo tem acesso pra ver e comentar se quiser.

Queria destacar que fiquei sim muito triste com tudo isso. Primeiro, porque como amante da fotografia sempre admirei os trabalhos dos fotógrafos da minha cidade, incluindo os trabalhos da Mari Simões. Segundo porque além de pessoas que não me conhecem ou não sabiam da história por completo, ficaram fazendo julgamentos mentirosos sobre mim. E terceiro porque como toda fofoca é feita por fatos mentirosos, tiveram pessoas que andaram falando mal de outra fotografa da cidade, pois a indireta não tinha meu nome, trazendo transtorno não apenas pra mim e pra minha amiga, e sim pra mais pessoas que não tinham nada a ver com a história, o que pra mim foi o pior de tudo! Pois sinto que pessoas mudaram comigo depois disso.

Queria deixar claro que não sou inimiga da Mari, apenas fiquei e estou magoada com o que houve, mas desejo de todo coração pra ela tudo aquilo que sonho pra mim mesma, sucesso e realização nessa profissão tão linda e mágica que é a fotografia.